O Blog da 98 FM Publica um artigo muito interessante inscrito pela Deputada Federal do PT do Rio Grande Norte Fátima Bezerra, ela expõe sua opinião sobre os oito anos do PT no Governo. esse artigo foi publicado na sua paguna na internet no dia 10 de Dezembro.
A celeridade do tempo já nos aproxima de 2010, ano muito importante para a nação brasileira. A eleição presidencial será o centro de atenção do país e o fio condutor das disputas para os governos dos estados e para os candidatos proporcionais à Câmara Federal e ao Senado. Após dois mandatos consecutivos, teremos uma nova chance de avaliar, para chancelar ou rejeitar, o projeto democrático popular que entrou em cena em 2003, no país.
A vitória do PT promoveu mudanças não apenas porque um intelectual respeitado foi substituído por um operário, uma liderança sindical e popular. A gestão petista inaugurou um inédito período da história do país. Começou a romper a lógica centenária da exclusão social, criando as bases para um país mais justo e menos desigual.
A gestão econômica adotada permitiu que milhares de brasileiros estacionados na base da pirâmide social, ascendessem às classes C e B, em função dos projetos sociais, elevação do salário mínimo, geração de empregos formais, disponibilização de crédito, redução da taxa de juros e, principalmente, a retomada do Estado como indutor do desenvolvimento nacional.
A mobilidade social de aproximadamente 31 milhões de brasileiros envolve os 19,4 milhões que saíram da classe “E”, aqueles com renda domiciliar inferior a R$ 768,00, marco da linha de pobreza no país. A esse dado, somam-se os 1,5 milhões que saíram da classe “D”, aqueles com rendimento familiar entre R$ 768,00 e 1.114,00. Como efeito geral houve o declínio de 43% no grupo dos brasileiros mais pobres.
Em 2009, o Salário Mínimo foi reajustado em 12,05%, um aumento real de 6,39%. O salário passou a valer R$ 465,00 beneficiando quarenta e dois milhões de brasileiros entre trabalhadores formais e informais, aposentados e pensionistas. Tomados a partir de 2003, os reajustes concedidos totalizam 72% de aumento nominal e 46,05% de aumento real. O investimento no mercado interno funcionou como uma barreira à crise econômica mundial, na qual fomos os últimos a entrar e os primeiros a sair.
Esses dados indicam a mudança de enfoque que tomou conta do país. E nos leva a pensar nas conseqüências que advirão do próximo pleito eleitoral, o que nos coloca diante da pergunta: o que queremos para o país?
Pesquisa recente CNI/Ibope mostra que a avaliação positiva do governo Lula chega a 72%. O governo recebeu "ótimo" ou "bom" de 72 % dos entrevistados em novembro, acima dos 69 % registrados em setembro. Já a aprovação ao presidente passou para 83 %, ante 81 % em setembro. O recorde foi de 84 % em dezembro de 2008, o maior índice de popularidade de Lula desde que ele assumiu a Presidência. Veio o impacto da crise global. Hoje, com a popularidade apenas um ponto abaixo do seu melhor índice, o presidente tem a avaliação que houve melhora em todos os setores do seu governo.
Mais uma vez, a economia é o motor dessa aprovação, que cresceu também entre pessoas de nível superior de escolaridade. Segundo o Ibope, o brasileiro está extremamente otimista com o ano de 2010, com 92 % (ante 85 % em setembro) prevendo que o próximo ano será "bom" ou "muito bom".
Em 2010, as conquistas do governo Lula (nas políticas sociais, na capacidade de planejamento, na educação, no desenvolvimento sustentável, na redução das desigualdades, entre outros) serão comparadas aos governos tucanos que assumiram o projeto neoliberal, privatizante e excludente. Daí o nosso entendimento que a eleição não tem como fugir ao caráter plebiscitário. Quem viver verá!
Fátima Bezerra é professora e deputada federal (PT-RN)
Nenhum comentário:
Postar um comentário